Discernindo a Existência

Discernindo a Existência : Será que é possível ?

A Vida é um Presente

A Vida é um Presente
Então, desfaça o laço com carinho, desembrulhe sem pressa, abra a caixa, contemple a beleza que lhe foi imputada e aproveite cada segundo desfrutando de seu bom uso.
Aproveite, ame sem preconceito, divirta-se com sabedoria, estude, conheça, informe-se, pois conhecimento ninguém lhe tira, faça boas ações, embora cometer erros faz parte da vida.
Porém, o mais importante é que realize seus sonhos, ainda que pequenos, médios ou grandiosos. Não desperdice seu tempo pensando no que poderá acontecer, faça o que puder e enquanto puder, antes que o arrependimento lhe pegue e seus momentos se transformem em frustração.
"Nós temos hora para chegar e partir, então aproveite o intervalo".

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Acalma a alma



Acalma a Alma

Tudo quanto quero é a calma,
que acalma a ansiedade.
A calma que me falta e
que foge de minha alma.

A calma que acalma meu interior,
que faz ser o que sou!
A calma para o entender e
entender onde estou!

Tudo quanto quero é a calma.
A calma que clareia o dia.
A calma do tempo que escurece o dia.

A calma da natureza que viva,
nos invade e quando as águas correm
nos rios tranquilas seguem
o seu curso e seu brilho.

Tudo quanto quero é a calma!
A calma que me permite não chorar,
mas compreender que a calma
nos faz transpor o espírito,
sereniza a alma,
aquieta o coração.
E como bálsamo benigno
unge nosso sentimento
e emoção.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Culpa ?

Altar particular (Maria Gadú)

Outro dia pediram-me para escrever um texto que discorresse sobre "culpa". Durante duas semanas venho tentando falar algo sobre culpa, culpados, mas confesso que é um tema complicado de se abordar.
Uma vez escrevi algo para um pessoa: "não há culpados, somos vítimas de nós mesmos". E ao falar sobre isso, um amigo disse-me: -" Mas se há vítimas é porque provavelmente, há culpados". Tenho que reconhecer que é verdade, pois em qualquer caso seja criminal ou civil, haverá sempre um culpado que se refirará à uma transgressão ou causa de um mal, e assim gerará um criminoso ou réu.
Se nos referirmos a crimes, obviamente, que ninguém tem o direito de ferir ou tirar a vida de ninguém, embora alguns ajam assim para se defenderem. Pois, entendem que ameaça violenta que machuque ou tire a vida de alguém gerará um réu e uma vítima, logo haverá um culpado ditado pela justiça que o julgará.
Mas o que meu amigo quer é que eu discorra sobre se há culpados ou culpas nos relacionamentos terminados ou mal resolvidos. Sinceramente, que não sei de quem é a culpa, mas torno a afirmar que há vítimas.
Se verificarmos o santo Aurélio que sempre nos ajuda ele explica de três formas a palavra culpa, a segunda acho que é que cabe aqui -- Culpa, sf- causa de um mal. Só resta saber quem fez mal a quem...
Sabemos que os relacionamentos (a dois)são formas complicadas de viver em sociedade. Aliás, por mais que se tente o ser humano é difícil. Ora quer uma coisa, cinco minutos depois quer outra e sempre haverá quem fique no "vácuo", não entendendo nada. E alguém sempre afirmará que resolveu mudar. Aí a casa cai para um e isso é fato!
Um dos envolvidos na questão ficará mais machucado que o outro, principalmente, quando este não espera. Como dizem por aqui : ----"Aí , maluco! Não entendi nada!"
Os relacionamentos se desgastam com o tempo mesmo por "n" razões, cada um tem as suas. Estas acumuladas junto com outros tantos stresses do dia a dia, vão minando pontos que se entendeu que eram fortes numa união. A gente tem sempre uma certa tendência a achar que o tempo muda as pessoas, que o amor, a compreensão, a bondade, a harmonia, a sinceridade mais esmerada por um dos lados nutrirá e suportará, assim como alicerçará as bases fortalecendo a relação, e os pontos negativos serão superados, assim o outro poderá mudar. Ledo engano!
Isso não acontece você não muda ninguém, você se muda e o que é pior, às vezes deixa toda sua essência mais sublime de ser se adequar à determinadas situações do cotidiano, que vão minando o seu jeito de ser. Geralmente, os mais maleáveis, amáveis vão mudando ou para submissão ou para a revolta.
E aí, de quem é a culpa? Sua, que pode ser a parte mais compreensível, que por contingências das situações muda ou é do outro que tem, geralmente, a tendência de achar que está sempre certo, e não muda um milímetro ou não enxerga mais nada além do seu próprio umbigo? Este tipo de pessoa nunca quer perder nada, se acha sempre o dono da verdade, adora exercer o poder, e este pode ser qualquer um, suas argumentações ou imposições são as mais "sensatas". Logo, as pessoas que tentam preservar os relacionamentos ou buscam a paz e harmonia interior e tentam levar isso para os mesmos , procurando uma convivência mais amena, provavelmente, serão taxadas como: "bobocas, fracas, desequilibradas, carentes, ". Além disso, ouvirão um sonoro :----Acorda Alice! O país das maravilhas já acabou e faz tempo ou lhe dirão você não está na época do romantismo, José de Alencar já morreu faz tempo, Álvares de Azevedo também. Não há mais romantismos, as atitudes e amores são pós-modernos e estes devem ser mais rápidos e práticos, nada de conversinhas românticas, tudo deve ser resolvido na velocidade da luz.
É engraçado isso! Pois, se fala tanto em manter o diálogo, em conversas onde se possam "aparar as arestas" ou que haja um consenso de cada parte. No entanto, acho que tudo isso virou utopia, portanto haverá na verdade sempre um culpado, na hora em que os rompimentos se seguirem.
Aquele que tentou a harmonia, a conversa sempre sofrerá mais e o outro sempre afirmará que não há porques, que a vida é assim mesmo, e que tudo muda mesmo. Logo, você que se dane, deixe de ser romântico demais e tentar consertar o que não tem conserto e nem concerto. Os instrumentos desafinaram e nenhuma sinfônia pode ser tocada com tantos intrumentos musicais desafinados, não há ouvido humano que resista. Portanto, a vida não é cor de rosa! Que cor a vida tem? Não sei, dependerá do pigmento que utilizarmos.
Bom, falo , falo, mas continua sendo difícil, até porque os relacionamentos também são baseados em interesses, no que é melhor neste momento por isso ou por aquilo. Muitos irão empurrar com barriga, até que num determinado momento, um dirá para o outro que a culpa e dele, ou seja dos dois.
A culpa pode ser de todos e de ninguém. Seria tão fácil , se ao invés de sentir pelo outro possessividade, sentissem só amor, mas o amor de certa forma gera um sentimento de posse pelo outro. É o que já disse em outro texto, as pessoas depois que assinam a certidão de casamento ou consolidam um relacionamento, se sentem donas das pessoas como se estas fossem um pedaço de terra, com escritura e registro geral de imóveis. Pessoas são pessoas não são pedaços de terra ou mercadorias.
Então, de quem é a culpa? Acho que a culpa é de quem acredita demais no amor que sente, que provavelmente não será correspondida na mesma medida ou será amada de forma diversa da que idealizou ou que acredita em relacionamentos e amores eternos.
Aprendi uma coisa, só criamos cascas ou carapaças quando sofremos decepções, principalmente, as inesperadas, pois estas machucam demais e até nos levantar leva um certo tempo.
O que fica da lição?
Não acredite em tudo que te falam, apenas 10% ou menos; não aposte na mudança do outro, mas aposte na sua; se você leva dentro de si um modo zen de viver não se deixe minar pelos maus sentimentos; tente controlar o amor que sente pelo outro, pois nem sempre ele te amará com a mesma intensidade ou não amará mesmo; ser sincero e verdadeiro é positivo, mas quando o outro "mudar" repentinamente, não adiantará a sua sinceridade, ele simplesmente te ignorará, porque neste momento o que lhe interessará é o seu ser egoísta, a vida dele ou dela.
Portanto, a culpa é de todos, a vítima é culpada e o réu também é o culpado, ou seja, a vítima também é reu e o culpado também é a vítima. Mudemos o modo de se reconhecer num relacionamento, numa aventura ou numa experiência inesperada. Apenas mude conceitos, emoções, sentimentos, amores, é claro se for capaz!
Enfim, se ninguém se entende, se o amor acabou, se a amizade não ficou ou se não houve esclarecimentos sobre isso ou aquilo, é porque o que foi vivido e sentido não foi o suficiente para suportar as diferenças e deixou de ter importância. Tentar julgar e esclarecer é procurar os culpados e os culpados somos nós, os dois!
E, provavelmente, todos dois terão razões!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Colcha de Retalhos

uketag795.blogspot.com

Como colcha de retalhos costuramos nossas vidas, cada momento um formato diferente que vai dando forma ao que se forma há algum tempo. Tecemos o presente, o passado e quem sabe talvez, o futuro, uma vez que o futuro pode ser o presente.
Vivemos tantos momentos entre conversas, diálogos, colóquios, falácias, algumas sinceras, outras de pura falsidade, algumas de hora de lazer entre piadas e "besteirol", outras cheias de emoção e desequilíbrio (pois dizem que se choramos por sentimentos fortes e rompidos, podemos ser desequilibrados) e assim por diante...
Enfim, ao costurarmos cada pedaço da colcha é que percebemos quantas coisas vivemos, quantos caminhos percorremos, quantas ilusões tivemos e quantas desilusões sofremos. A colcha pode ser até colorida, com cores alegres, cítricas, exuberantes, elegantes, tom sobre tom, charmosas, mas todas elas tingiram o nosso ser com pigmentos de boa ou péssima qualidade.
Às vezes a cor que é sinônimo de alegria no fundo não é alegre, é só sua aparência. Se a cor denota tristeza para uns como é o caso do roxo, poderá não significar exatamente a mesma. A compreensão se dará à medida que se observar as ações, os acontecimentos, o desenrolar da trama que se vive.
O ser humano tem a capacidade mais pré-histórica desde a descoberta de suas emoções e também razões, que é a capacidade de representar diferentes papéis, a teatralização de várias personagens no seu dia a dia e bem ao vivo e a cores, num local bem comum o grande palco da vida, do cotidiano de todos nós.
Por isso somos fingidores, fingimos a cada dez minutos como diria o grande poeta português Fernando Pessoa. Somos fingidores de plantão, fingimos tão bem que nem sentimos que fingimos.
Costumo dizer que" mentimos tanto que nem sentimos ou mentes tanto que nem sentes".
Fingimos que não amamos, mas amamos ou fingimos que amamos e não amamos; fingimos que somos bons, mas na primeira oportunidade machucamos alguém; fingimos que somos sinceros, mas quando menos esperamos agimos com falsidade, principalmente, com quem mais nos ama. Enfim, fingimos tantas coisas que nem sabemos mais quando não estamos fingindo. Parece que fingir se tornou corriqueiro modo de vida e quando há alguém extremamente sincero este não tem o menor valor.
Fingimos ser felizes ou que encontramos a felicidade dentro de nós mesmos. Bom, acredite isso é verdade, aliás quem sabe ela se torne? Cada quadrante da colcha um sentimento, uma emoção, uma insanidade, uma insensatez, um desequilíbrio, quem sabe uma carência, uma paixão disperdisada ou despertada, um amor sofrido ou vivido na integra. Cada sentimento acompanhado de uma metáfora, de uma antítese ou de um paradoxo de emoções e sensações que formam o interior do ser. (Talvez, alguém diga isto é crise existêncial, e não se tem mais tempo para isso hoje. Não é preciso tentar saber para que se veio ao mundo, mas tentar ser melhor é melhor do que ser ruim) .
Na colcha de retalho o quadro costurado se tornou passado. O quadro sendo costurado , o presente e o espaço a espera do próximo retalho , o futuro. Como este será? Será a resposta da experiência, seja ela vivida com amor ou com dor, se faltou fazer? Se foi frustrante? Se podia ser melhor? Se foi realizado ou não? Mas, será sempre o reflexo do que se vive hoje. A cor não importará o que importará é a história que o retalho contará.
Assim, me encontro costurando os retalhos de minha colcha, retalhos de minha vida.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SE...

ultradownloads.uol.com.br


SE...

Durante a vida criamos muitas possibilidades de realizar o que desejamos, sonhamos, almejamos e determinamos. Às vezes, nos sentimos fracos, perdemos o domínio de si, mas intentamos mudar os rumos, direções, caminhos, metas, objetivos, focos ou seja lá o que se determina como objetivo ou queira se chamar. Viajamos de várias formas, alguns preferem o ópio, outras drogas, outros ainda os sonhos ou ainda o "sonho realidade', que diria ser aquele o qual você sonha e realiza.
Ah! Senhor dos Sonhos este é o melhor, não há realidade mais fecunda e admirável do que aquela que se torna palpável, tangível, certeira certeza de realizar o sonho que ora sonhado se tornou meteoro, telúrico, etéreo por si só.
Tantos são os que sonham e não os realizam, quantos viajam e não retornam, talvez o sonho tenha reluzido ou se retornam foi porque se permitiram encantar no que foi a busca do que se achava dúvida.
Assim são os que sonham, a esperança ascende à alma e reluz o espírito, fortalece o ser e inspira o dom de amar. Não desperdice em SE: se isto, se aquilo, se acolá, se lá, se cá ou se qualquer coisa.
Os SEs interrompem o espírito, desfalecem a alma, escarnecem o amor e empobrecem o ser. Posto que toda vez que existe um SE, este arrasta uma culpa que pode não ser de ninguém, mas que apaga a chama do que alegre seria se incandescência ativa libertasse o ser.
Não existe Se para o sol ou para lua, pensamos que eles não nasceram ou adormeceram, enganamo-nos, pois eles todos os dias despertam e adormecem e não há Se que os impeçam de brilhar como ouro e pratear a noite de todos nós, se trata apenas do querer, do ver, do sentir e do discernir o que de seu sonho à realidade pode ser.
Deixe-se de SE e remeta-se a si como arquiteto, escultor de sua arte, da arte de viver, de se fazer feliz e de se realizar o que o seu sonho sonhar, o que no amor se determinar mesmo que o SE seja conjunção integrante de cada causa ou consequência inopinada, mas esquadrinhe o que lhe foi presenteado, mergulhe e descerre se o sentido do sentimento é fugaz ou é etéreo e por isso eterno.
Permita-se sem o SE!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Renascer...

tempi88x2mg59269.blogspot.com

"Não haverá mais uma águia em mim, mas sim, uma fenix que renascerá para me iluminar"

Lição de Vida




"Quando se ama alguém, é preciso ser altruísta o bastante para se dar o que a pessoa quer!"
(Filme -Leis da Atração)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Momentos Felizes III e IV






Quase finda o ano e não havia deixado aqui os devidos agradecimentos pelo carinho recebido este ano, principalmente, durante as comemorações de meu aniversário. Que devo dizer o quanto foi comemorado , ufa!! 15/10 - virou data histórica.

Simplesmente, não esperava tantas demonstrações de carinho, mas graças a Deus que as recebi e também pelos amigos que tenho. Como já havia deixado em textos anteriores, viajei - Brasília, um momento feliz! Quatro dias seguidos de festas, almoços e presentes, amei!!!!!

Logo em seguida, cheguei para a árdua tarefa de ensinar aos meus pequeninos a arte de ler e escrever, eis que recebo uma nova comemoração dos mesmos e seus pais. Como toda criança que se alegra com suas festas, muito também me alegrei e me emocionei com a homenagem, visto que, hoje nem sempre somos considerados amigos da família, mas sim, profissionais um tanto quanto chatos por assim dizer...

Recebi as homenagens que em sua simplicidade demonstram o carinho do que chamo de meus pequeninos rebentos, que apesar de algumas vezes sermos mais duros e pontuais nas questões de disciplina e comportamento, ainda assim, eles nos têm como referência não só afetiva, mas de ética , comportamento, estética e vida profissional.

Como mãe e professora todos poderiam ser meus filhos, mas a minha maior preocupação é transmitir o meu humilde conhecimento na tentativa de tornar ou apenas exemplificar que o "conhecimento impulsiona e modifica toda uma trajetória de vida". Costumo dizer sempre uma frase que coloquei em minha monografia: " A falta de conhecimento não é ignorância, permanecer sem o conhecimento é que se torna ignorância"( Márcia Unger). Não há nada de novo nela, mas é a mais pura realidade e da qual muitos pais ainda não atentaram para este detalhe, pois entendo que sem a família o que poderia ser 99,99% de aproveitamento se torna menos de 50% do mesmo.


Aos meus pequeninos rebentos e pais deixo a minha gratidão e carinho, esperando que todos recebam muito amor, paz e que sejam comprometidos com a educação de seus filhos o mais que puderem.



Continuando a saga.... 4º tempo
Como a vida de um professor é marcada por tempo, eis que tive outra ou melhor mais uma grata surpresa, o 4º tempo de comemoração. Arquitetada já por uma turma de adolescentes que são "do balacobaco", Ô turminha 703 !! Segundo segmento, mentores de uma festa com tema e tudo -Gatinha Marie, obviamente, que tiveram o apoio e conivência de meus amigos de labuta: Professores Adelice, Alexii, Andréa, Jair e etc.



Esta me surpreendeu por serem adolescentes e nem sempre fazerem homenagens para professores, pois para eles somos muito chatos, damos muita matéria, tudo é muito difícil e todo aquele papo de aluno que já conhecemos.
Lidar com alunos adolescentes não é muito fácil, principalmente, quando nossos hábitos, costumes, valores são extremamente diferentes e procurar se adequar neste mundo requer muita paciência e paciência e paciência.
Segundo os teóricos de plantão a maior tarefa de um professor é se fazer entender através da cultura do aluno, utilizar a sua cultura e seus hábitos para ensiná-lo. Eu, humildimente lhes digo que venham para a sala de aula e façam valer suas teorias, depois me contem ou melhor me ensinem, pois eu adoro aprender. Mas, isto é outra coisa.
Enfim, os meninos e meninas me fizeram uma surpresa, me debulhei em lágrimas, pois a emoção tomou conta do meu ser, o que não é novidade e aí cantaram a música que todos conhecem, pediram discurso, muitos abraços e beijos, além declarações de alunos como: -Professora, eu te amo!
Todas estas homenagens atribuídas a mim, me deixaram extremamente comovida e aconteceram num ano desafiador, de mudanças acompanhadas de decepções e de vitórias. Em suma, receber todo este carinho me leva a entender que de uma forma ou de outra contribuímos para a formação de nossos alunos, seja um pouco ou um pouquinho ou muito, alguma coisa sempre conseguimos semear, ver crescer e frutificar.




Agradeço por todas as formas de carinho e peço a Deus que eu possa retribuí-los da mesma forma. Não tenho bens materiais para distribuir, mas com certeza tenho o meu amor pelo próximo, meu sorriso quando precisarem, meu ouvido e ombro para ouví-los, minhas mãos quando precisarem de ajuda e meu colo quando precisarem de um alento.
Assim, deixo aqui o meu mais profundo muito obrigada e podem estar certo de que jamais me esquecerei de todos os presentes que ganhei, pois para mim os presentes não estão nos objetos que recebo ou recebi, mas nos olhos, nos abraços e nas palavras sinceras que ouvi e guardei em meu coração.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Desculpa por Desculpa

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Amado- Vanessa da Mata


De que adiantariam as desculpas,
se elas não aliviariam nossas dores ou
não nos perdoariam de nossas ações e feitos.

De que adiantariam as desculpas,
se para o que se pensa ser
desculpado não surtiria efeito.

De que adiantariam as desculpas,
se elas não realizariam nossos sonhos,
nem aproximariam nossos desejos.

De que adiantariam as desculpas,
se as desculpas não se desculpariam
por si só.
Se ações, gestos e promessas
não pediriam desculpas antes de serem
efetuados.

De que adiantariam as desculpas,
se o universo de nós não conspiraria mais
ao nosso favor ou a favor de um.

De que adiantariam as desculpas,
se não desculparíamos o que das desculpas
pediríamos e não obteríamos-
o perdão!

O perdão de nós mesmos por amar demais!









sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Entrega-te!

sonhossempreserealizam.blogspot.com
Shimbalaiê - Maria Gadú


Entro nos teus olhos negros e
atravesso o mar vermelho do
teu coração.

Sei que no fundo se esconde e
esconde o que de mais puro há,
mas teimas em esconder e eu
em não aceitar.

História mais linda e mais triste,
mas quando nos teus olhos me vejo,
sinto a alegria invadir o meu ser.

E como uma onda a bater
num vai e vem,
à tristeza dos teus e dos meus
também vai e vem.

Poucos momentos e às vezes
nem te vejo, só te sinto e em
mim tudo se perturba.
Só você não quer ver!

Não sei quanto tempo dura,
mas sei que não é em vão.
A dor é minha companheira,
a tristeza a minha maneira de ser.

Sei que sentes tanto quanto eu,
mas na frieza do teimar
não queres do meu colo provar
ou se queres não tens coragem.

A coragem te falta.
O medo te invade.
A coragem de me olhar.
O medo de se apaixonar.

Entrega-te !
Já nos apaixonamos.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cidade Maravilhosa e....





Cidade maravilhosa, citada em verso e prosa, temas de músicas mil. Terra que encanta quem aqui aporta seja de cá, de lá ou de além mar. Suas praias lindas, berço de poetas, pintores e quem mais vier, seus parques e montanhas proporcionam uma linda visão quase de um paraíso.
Do alto sua beleza nos torna estático pela própria beleza que irradia, quando o sol a te iluminar torna-se mais linda ainda. Seu desenho arquitetônico com linhas retas, curvas, altas, baixas, românticos, retro, modernistas, realistas, surrealistas, enfim com características que marcam desde o estilo mais antigo ao pós-moderno.
Hoje seu glamour não se perde, mas perde-se a liberdade que teríamos de te admirar, de contemplar-te pelo medo que se apropriou de sua alma e de seu físico, transformando num caos o que de mais belo tinhas.
Quando te vemos do alto, parece linda, elegante, perfumada apesar das nuvens que te rodeiam. Ao te contemplarmos fixados a terra, hoje vemos uma disputa de poderes, numa luta que não se finda pelo que se deseja, pois o que se deseja está para além do simples objeto. Não sabemos se é uma luta entre o bem e o mal, mas sabemos que será uma luta infindável, como todas as guerras que se vê.
O objetivo desta guerra está para além do que é possível ver, ela se faz pelos interesses ocultos, escusos e políticos que correm nas veias da sociedade que se permite ser hipócrita, que se engana e engana. Além de ter em seu próprio poder aparente a falsidade dos bons jogadores, que blefam e desejam também se apropriarem do que é ilícito e dá lucro incontável sem muito esforço fazer.
Essa é uma guerra entre o poder público e o poder paralelo, ambos cresceram à mercê de uma população que vitimada pelos anos de governos irresponsáveis, corruptos, e de "relevantes interesses" desmedidos pelo que é ilícito está refém de ambos, sem saber a quem recorrer.
E assim, a cada esquina uma nova labareda, em cada minuto uma nova notícia e em cada notícia, o medo continua. O que era coletivo se transforma em arma, o que deveria ser apenas do poder público instaurado pertence ao poder paralelo.
Em suma, pobre e rica, bela e fera, maravilhosa e infeliz és tu neste momento, cidade maravilhosa terra de encantos mil.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Jogo da Vida




O semblante a admirar nos momentos de pura contemplação fazem caminhar por vias de grandes lembranças. Como a luz e sua velocidade, ela marca um tempo que não retorna mais. Tanto esmero nas doces palavras, tantos elogios não creditados em momentos impensados.


Como chama de uma lareira, que aquecia os corpos dos amantes, de repente a mesma se apaga. Talvez, um vento frio tivesse soprado por entre as friestas daquela janela ofuscando o brilho do fogo do amor, que ali sapecava e aquecia o ambiente tão inovador.


Tecidos e entrelaçados os sentimentos e promessas, transformaram-se em misturas amargas e doces, sem esmero e inconscientes tornando-se palavras ao vento, poeira levantada pelo vento que frio congelou a alma de quem mais acreditava na promessa de amor.


A poeira levantada, um reboliço causou na vida de quem muito amava e experimentando a frieza do ato se decepcionou. Inesperado talvez, um outro sentimento interrompeu os anseios e delírios de quem se aventurou, apostando na sinceridade do que é o verdadeiro amor.


Para provar que é forte no interior do ser humano, a ambição se aproximou tomando lugar do que se esperava ser amor. Ambição, o que é ambição? Desejo intenso pelo objetivo, olhar fixo em um foco, sem dar lugar ao que é emoção, ao que é amor.


Ambição seria um sentimento? Um desejo? Ou um projeto?


O ato de amar ou de amor atrapalharia o objetivo, não seria possível unir os dois, pois para os dois há tempos distintos, como num jogo as regras estabeleceriam o que mais valeria, então:




Sequência encerrada,


conselho acatado,


aposta terminada,


medo estabelecido,


aventura findada,


amor destruído,


ambição encarnada!




Assim grandes amores são interrompidos, limitados e tolidos pelo foco no objetivo misturando a razão e ambição formando a homogeniedade do ser, que integradas e fermentadas ao ligeiro crescimento da prosperidade esperada, queimam a harmonia ou desarmonia do que do amor se aguardaria.


Acomodando-se no que é possível, garante-se o que vive, agradece-se com quem vive, mas o verdadeiro amor possível torna-se impossível, caído no relento se mistura na poeira do vento e desmanchando-se na chuva de cada ser, deságua em filetes de sal que ardem n"alma de quem nele se vê.


Guarda-se então, na lembrança apenas os momentos do que poderia ser divino, mas que causam grande dor. Quem sabe, talvez, um dia, quando o objetivo da ambição for alcançado àquela lembrança renasça. No entanto, o renascimento poderá ser tardio ao amor recupar para ser revivido.


Que bom seria se ambição e razão não interfirisse na emoção dos amantes!
O amor seria encarnado, a ambição sepultada e a felicidade almejada!

domingo, 21 de novembro de 2010

Equivocado Engano


belavida.zip.net


O que ou quem enganamos?
Não nos enganamos por muito tempo!
Nos enganamos quando os sentimentos nos enganam.
Nos enganamos quando equivocadamente
pensamos na reciprocidade.
E existe?

O engano faz parte da vida!
Mas não das certezas da vida!
O engano da aventura,
não desculpa a travessura.
Será que na aventura e travessura
não houve equívoco?

Mas, era aventura!
A aventura é incerteza !
Alguém diria!

A travessura causa consequência,
mas a consequência não engana.
Enganar não é casual.
Enganar é prejudicial!
É o que destrói, machuca, dilacera,
envenena e desencanta.

Aquele que engana o que é
sincero, puro, sem interesse,
verdadeiro, deseja o quê?

Na consequência da travessura,
há sentimentos.
Do que do engano provocaria!
E agora como desfazer o engano?
Neste equivocado engano desmedido,
somente a certeza de que nos enganamos.

E que engano!


Incerteza do acaso

missivasdoportoedorio.blogspot.com


Silenciamos o que sentimos,
nos enganamos no que vimos
e nos perturbamos quando
o acaso de surpresa,
interrompe nossas vidas.

Quisera o acaso nos fazer feliz!
Assim, todo acaso seria a certeza do encontro.
De um encontro que é desejo,
mas que é incerto, se sonho.
Se apenas sonho!

Não há certezas, sempre dúvidas.
Não há verdades completas,
há meias verdades.
Não há sinceridade nos atos,
há interesses de atos.
Não há respeito, há ponto de vista.
Não há honestidade na conquista,
há sim, um mapa estatístico
de conquistas!

E assim, acreditamos em doces palavras vãs,
permitimos as estatísticas.
Contribuímos e desacreditamos no sentido
que a vida faria:
amor sincero, palavras verdadeiras,
gente honesta e
felicidade completa!

Ah!!! Se todo acaso fosse certeza...

sábado, 20 de novembro de 2010

Nem ter e nem querer

matriz2006.blogs.sapo.pt


Um olhar - uma faísca.
Uma palavra - o diálogo.
Um tema - a conversa.
Um toque - se merecer.
Um jeito - é o ser.
Uma observação -
sem resposta pode ser.
O ter que ir, mas o
não querer sair.
O que invade e acalma
se perde num querer
e não poder ou
nem poder e nem querer.
E assim...
não se pode ter e nem querer!

Ah!!!! Deus...

pordetrasdomuro.blogspot.com



Sinto-me invadida pelo silêncio,
pelo silêncio sinto-me invadida.
Ah! Esse silêncio que num segundo
marca hora, minuto, meses e dias.

Que vividos silenciam os momentos
do que era um doce sonho,
um pequeno desejo, um segredo
momento do que era sentido.

Só a saudade arde a doer,
a falta do outro ter.
É o que resta depois de um
ADEUS sem ter...
Ah!!!Deus....

sábado, 30 de outubro de 2010

Caminho e descaminho

genilda.ana.zip.net
Ao som de um sino dos ventos e Shepherd Moons (Enya)

Foi um encontro casual, puramente casual, mas frio, tenso, sério e sem a graça de outrora.
A beleza, leveza, serenidade, alegria, simplicidade de palavras e a sintonia inexplicável se perderam num caminho ainda obscuro, sem a clareza do que era nascido ou do que nasceu. E como um bonsai foi podado para não criar a forma das estrondosas árvores, que crescem, florescem, frutificam e se renovam a cada estação.
O que havia nascido se tornara incomodo e assim foi podado, amarrado e menos regado para que permanecesse na sequidão. No entanto, o bonsai segundo os japoneses dura muitos e muitos anos passando de geração em geração, dependendo da essência de quem persevera este poderá florescer a seu tempo.
Desta forma, o bonsai também percorrerá o seu caminho num lindo jardim japonês, aguardando o que a si está destinado.
Percorrido o curto caminho do encontro casual, o encontro tornou-se descaminho e desencontro, seguindo cada um o seu caminho.







Se existir a boa essência, ele florescerá lindamente.




sergioserra.multiply.com



Se não existir a essência, ele secará e mais retorcido se tornará.








infojardin.com


    quarta-feira, 27 de outubro de 2010

    O que escrevo...


    arquivo pessoal

    Me disseram que minhas poesias pareciam ter sido psicografadas, pois em sua análise estas falam de amor, mas este amor não mais parece de fato amor, parece mais dor e sofrimento. Portanto, o amor não seria amor e sim, sofrimento e dor.
    Não sei exatamente se compreendi bem, mas acho ter compreendido que o leitor quisesse dizer que o que foi externado nas poesias teria se tornado doença. Como sempre digo as interpretações são livres para cada leitor, mas sempre ressalto que devemos ler as entrelinhas de cada texto, por isso a compreensão do que lemos é mais demorada.
    Bom, compreender as entrelinhas nos leva a analisar, imaginar e conhecer um pouco mais o que passa na cabeça do autor, quando este resolve expôr seus textos, narrativas, poesias, contos e etc. Assim, algumas vezes ou quase sempre coloca nos seus rebentos um pouco de seus sentimentos, podendo ser dores, alegrias e etc, ou podem não colocar nada disso e apenas discorrer do que observa através da janela da vida.
    As psicografias, geralmente, falam das relações familiares, de particularidades das famílias para que reconheçam o espírito que se comunica. Os assuntos giram em torno de arrependimentos, situações que não foram vividas e por isso causam este; mensagens de conforto, enfim diferentes mensagens adequado à cada família ou especificamente para uma determinada pessoa.
    Se minhas poesias foram escritas ou psicografadas por um espírito especial incorporado em mim, significa que o que foi revelado nas poesias, já deve ter sido vivido em outra ocasião e também não deve ter tido um final feliz, assim conclui-se que estas devem ter sido escritas para que haja um resgate dessa tal felicidade ou amor que não foi vivido. Ou seja, deve ser um recado para alguém que teve um amor interrompido, causando o sofrimento e a dor, talvez por não ter sido correspondido ou por motivos outros teve sua idealização abortada.
    Ainda no campo das chances, quem sabe não seja a oportunidade de se pensar melhor e se dar uma chance a esse amor que transcende a razão, causando tanta dor e sofrimento, pelo fato de não ter sido concluído, vivido ou realizado como se desejaria em outra época? Quem estuda vidas passadas sabe muito bem o que é isso! Quem sabe seja a época da correção, do resgate, de se viver este amor?
    Enfim, se psicografia ou não o fato é que escrever tornou-se um ato de amor para mim. Cada texto, poesia, música (Jay Vaquer), é um filho que nasce e apresento para meus leitores e por todos tenho um carinho especial. Minhas poesias retratam sim, sofrimento, dor e também amor, pois este pode ser sentido e não exatamente vivido, uma vez que nem sempre quem recebe um amor tão puro, verdadeiro, sem interesse está preparado ou sabe recebê-lo.
    Às vezes, não é capaz de perceber a sutileza dos sentimentos e emoções ou tenta ignorá-los, para que fique mais fácil para vencê-los. Assim, preferem não opinar, se calar ou manter-se em silêncio. Se há motivos contundentes? Não se sabe.
    O fato é que se há dor e sofrimento, significa que existe amor, mas os dois primeiros são sentidos porque a ausência do amado se faz ou se fez presente. A ausência, provavelmente, de quem cultivou por motivos inexplicáveis e o dispensou. Talvez, o motivo tenha sido a tal mudança e para isso se tem todo o direito.
    Assim, no campo das análises dizem que quando se tem amor deste tipo deve se mudar o foco, o objetivo para não cultivar amor não correspondido. Procurar sua felicidade, outras motivações, ser feliz consigo mesmo. A pergunta é: Se é feliz sozinho? Claro que não.
    As motivações continuam, não deixarão de existir, porém tudo acontece um pouco mais devagar. Se o amor fosse correspondido tudo isto existiria com mais força e rapidez, vivacidade e é claro acompanhado e impulsionado pelo o tal do amor. No entanto, a impossibilidade da correspondência ofusca um pouco a motivação , mas não a enterra.
    Como não há correspondência se espera no tempo, aquilo que só o tempo pode dar, o tempo de secar a ferida e o tempo de se encontrar outro que saiba receber e não tenha receio de vive-lo.
    No mais, em tudo o tempo dirá!


    terça-feira, 26 de outubro de 2010

    Brasília, um momento feliz! II



    Arquivo Pessoal


    Lugar de se apropriar da cultura.
    Aterrisar aqui é o mesmo que entrar numa biblioteca. É como comparo este ambiente em que estive hospedada por 4 dias.
    Momentos sem igual, conversas trocadas embasadas numa diversidade de assuntos, dos quais nossa atenção é involuntariamente absorvida pelo falante, que ministra aulas de conhecimentos gerais com tanta propriedade que chega arrepiar-me, tal é o vasto conhecimento que perpassa pela política, religião, economia, sociologia, filosofia, história e etc.
    Fico completamente absorvida e encantada com pessoas que se apropriam do conhecimento e tem uma visão de mundo muito próxima da realidade, mas que faz redes entre o passado, o presente e o futuro, assim conseguindo delinear todo o processo histórico e a realidade que nos cerca e vemos.
    Saber , conhecer, estudar, pesquisar são verbos de ação que me fazem mergulhar com curiosidade no conhecimento, na ciência, me entusiasmam a absorver as diferentes formas de entender e compreender o mundo em que vivemos.
    Sou uma apaixonada por história e ter a companhia de um pessoa que discorre sobre esta após uma vasta leitura e conhecimento de causa, é extremamente prazeroso.
    Conversar, interagir com uma pessoa que sempre estudou com seriedade, já leu incontáveis livros, que tem em sua casa uma biblioteca em cada espaço, que viajou o mundo e nos convida a partilhar este conhecimento é o mesmo que fazer um tour ao vivo pelos diferentes lugares e assuntos como se estivéssemos no local, vivendo cada cena ou conflito contado.
    Assim é meu tio, um homem culto, mergulhado na curiosidade do saber e que sabe muito bem dividir e doar este saber como ninguém.




    segunda-feira, 25 de outubro de 2010

    Brasília, um momento feliz!


    Arquivo Pessoal
    Planalto Central da Corrupção, Brasília é um lugar onde quase tudo é certinho demais. Avenidas largas, quadras bem definidas, setores para isto e aquilo, centros comerciais bem localizados, organização física e muitas tesourinhas para entrar, sair e mudar de lado nas pistas, ou seja, os nossos famosos retornos. Para quem mora no Rio de Janeiro e costuma burlar velocidade como eu, é de perder a paciência dirigir neste lugar, onde a cada km existem dezenas de pardais.
    Sinceramente, aja saco para tanto limite de velocidade entre 60 e 70km/h.
    Mas isto não ofuscou e nem ofusca a minha visita aqui, faz com que eu tenha histórias para contar. Resolvi deixar a mesmice do Rio e respirar outros ares, como aqui tenho aconchego, por que não aproveitá-lo?
    Meu niver apesar de não ter muitos motivos para comemorar, me presenteei com a viagem, afinal de contas eu mereço!
    Diferentes dos dias de comemorações em casa, me recepcionaram aqui como uma lady, lady Márcia.(Que pretensão!) Muito bem recebida por meu familiares, fui recepcionada com comemorações em todos os dias de minha estadia aqui: presentes, almoços, jantares e festas surpresas, com direito a bolo, salgadinhos, pastinhas, queijos, vinhos e perfumes(que adoro, é claro!)
    Perfeito! Principalmente, para quem não estava com a menor motivação para comemorar coisa alguma. Em algum momento, alguém sempre intui quando estamos precisando de mimos um pouco mais mimados.
    E assim a vida continua...."uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa"...(Já dizia o poeta)

    Poder e Dever


    X

    my.opera.com

    Às vezes intuímos ou extraímos de nosso interior pensamentos sábios, mas nem sempre os conduzimos ao exato ato de exercê-los como fonte de vida e sabedoria. Num destes momentos de profunda reflexão, no sagão do aeroporto, pude abstrair-me da sociedade barulhenta e tal como uma psicografia, acho que psicografei algumas regras básicas para convivência humana.
    No entanto, devo admitir que nem sempre é fácil dominar o ser irracional que se encontra em cada um de nós. Logo, para dominar o animal irracional de nosso interior acredito que seja preciso ter uma boa destreza e um bom domador de "feras". E admito que em determinados momentos, eu até consigo entender a exata dimensão de determinadas atitudes, mas confesso que não consigo compreende-las, aliás eu estou me negando a tal ação. Tem horas que me sinto um galho de goiabeira como dizia minha avó: "Ela "verga", mas não quebra"!


    Poder e Dever
    Podemos ser felizes, mas não devemos provocar a infelicidade alheia.
    Podemos amar, mas não devemos cultivar amor demais quando não podemos corresponder.
    Podemos ser sinceros, mas não devemos ser hipócritas e enganar quem é sincero.
    Podemos mudar, mas não devemos mudar usando o descaso para justificar a mudança.
    Podemos refletir, mas não devemos ser egoístas demais na reflexão.
    Podemos cultivar sentimentos bons, mas não devemos destruí-los em vão.
    Podemos ter muitos amigos ou apenas um, mas não devemos ultrapassar o limite da amizade.
    Podemos voar mais alto, mas não devemos cortar as asas dos vôos alheios.
    Podemos ter esperanças, mas não devemos tirar a esperança do outro.
    Podemos nos enganar , mas não devemos enganar o outro.
    Podemos findar relacionamentos, mas não devemos deixá-los inexplicáveis.
    Podemos e devemos ser felizes, se honestos, justos, claros, sinceros e verdadeiros, principalmente com quem nos ama. Caso contrário, será mais um engano!


    Mas, diga-me: Foi engano?

    segunda-feira, 11 de outubro de 2010

    Asilo ou Exílio ?

    winstoncarneiro.blogspot.com




    Este fim de semana visitei um asilo para idosos no interior do estado, confesso que nunca antes havia feito tal visita, embora saiba que este é um local bem comum para quem não morre novo. Quero dizer uma possibilidade muito presente para um futuro bem próximo.
    Existem muitas frases que se referem ao "envelhecer", que tentam enaltecer tudo que se adquire com a idade como : sabedoria, paciência, aprendizado, experiência, maturidade, etc. Mas, a história ou quadro que se vê não é tão romântico ou enaltecedor assim.Quando se entra num asilo a constatação é outra.
    Vivemos num país de abusos em todos os sentidos, abuso de poder, arbitrariedades sociais, políticas corruptas, desvios de verbas, políticos corruptos, enfim os abusos e as arbitrariedades passam por todas as esferas do poder: Executivo, Legislativo e Judiciário. Então, já viu né, não sobrou nada!
    O que sobra mesmo é a boa vontade de algumas pessoas que gostam de ajudar que tem como missão de vida cuidar do outro, ou fazer o bem sem olhar para quem e do povo em si que se solidariza em todos os momentos que são solicitados.
    Por esta pequena introdução, pode-se perceber que ficar velho ou amadurecer é um problema sério. Além de ficarmos debilitados em nossas ações, escrevo ficarmos porque este é o caminho de todos nós, não adianta que ainda não encontraram a fonte da juventude, nem tem cirurgia plástica que dê jeito em velhice. Pode até dar uma melhorada aqui e ali, mas não durará por muito tempo, quando o corpo começa a envelhecer fica bem parecido com o carro velho, ajeita de um lado, cai do outro. E, nós somos assim, tomamos remédios para uma coisa e estragamos outra, e daí por diante o que todo mundo que é gente já sabe.
    Um pouco de humor à parte, mas o caso é bem sério. Em nosso país envelhecer é prejuízo, para quem envelhece principalmente, pois este passa a ser discriminado por todos, pela família e pela sociedade. Os idosos se tornam mais vulneráveis às doenças, às outras pessoas, são mais sensíveis, seu raciocínio fica lento, a vida não tem mais a mesma velocidade que antes, o corpo não corresponde mais com tanta vivacidade e energia. Alguns mantêm a memória perfeita porém, o corpo mais debilitado ou vice -versa. O fato é que tudo vai se tornando mais difícil, além de uma série de doenças que vão contribuindo para incapacidade e maior dependência dos outros
    para sobrevivência.
    Para uma qualidade de vida na 3ª idade é preciso muito mais que viver bem na juventude, é necessário um ótimo salário, uma família paciente, unida, assistência médica presente, atividades físicas e mentais que mantenham a chama viva de cada pessoa.
    Alguns podem até dizer que quando se tem uma família unida tudo se ajeita, não acredite nisso 100%, pois cuidar de um idoso que se pareça com àquela senhora de 103 anos que mora no Rio Grande do Sul, é fácil. Agora cuidar de uma pessoa idosa que tem sérios problemas de saúde, os quais o impossibilitam de movimentar-se, é muito diferente e caro.
    Neste asilo moram 36 idosos entre 65 e 85 anos, seus benefícios R$ 510,00, das histórias familiares pouco se sabe. Alguns têm famílias, mas estas não possuem condições de ficarem com eles, seja por questões financeiras ou outras, mas também não os visitam. Outros não tem família mesmo, ou seja, seus familiares já morreram ou moram em outras cidades e também já se esqueceram de visitá-los. Enfim, são diferentes motivos para que aqueles 36 idosos, sejam deixados ali, sem ao menos uma visita mensal ou um telefonema.
    A responsabilidade por estas vidas fica nas mãos de quem administra com coragem esta instituição, que já esteve nas mãos de outros que também pouco puderam fazer , uma vez que dependem do poder público para enviarem as verbas necessárias para manutenção da mesma. As verbas chegam às prefeituras que demoram muito tempo para repassá-las. Desta forma, quem dirige a instituição começa uma peregrinação batendo de porta em porta em busca de alimentos, roupas, medicamentos, mão de obra voluntária e etc. Para manutenção de trabalhadores internos, o salário de cada idoso é utilizado em pagamentos de mão de obras tais como: enfermeiros, cuidadores, médico, cozinheiros, arrumadeiras e o pessoal da lavanderia, uma folha de pagamento que não me causa a menor inveja.
    Para se manter esta instituição aberta é necessário que todos estes funcionários estejam registrados, e que se tenha total transparência nas contas da mesma, caso contrário a instituição pode ser fechada. E aí, perguntei: E os idosos irão para onde? Ninguém sabe ou melhor não querem nem saber, problema de alguém. Quem?
    Sem família, doentes ou mais debilitados pela depressão, pela tristeza de se verem naquela condição, sem ter como dirigirem a própria vida, estas pessoas esperam a piedade e solidariedade de quem sempre aparece para dizer um "olá", trocar alguns minutos de prosa, contarem de suas vidas, do pouco que ainda se lembram. Alguns ainda conseguem sorrir, mas se vê em cada rosto as marcas de uma vida que se vai, sem deixar lembranças ou sem poder contá-las para seus familiares ou para alguém que tenha paciência em ouvi-los.
    E onde fica a tão falada afirmação "envelhecer com dignidade "? Se não se pode esperar nada nem do poder público, nem de familiares porque estes às vezes não têm condições mesmo, ganham tanto quanto seus idosos, já no primeiro caso não, se desviassem o dinheiro das cuecas, das meias, das camisas, dos paletós, das malas para as instituições tenho certeza que não faltariam nada para as mesmas.
    É, gente envelhecer em país de corruptos, país "pobre", com aposentadoria de R$ 510,00 na época em que mais se precisa de dinheiro para custear as limitações que custam caro, é a parte mais horrorosa da vida. Se pertencêssemos a classes sociais A e AA, não precisaríamos nos preocupar , pois iríamos para um SPA da 3ª idade, até o nome é diferente, mas não é esta a classe da maioria e não sabemos que doença nos espera nos próximos anos. A única coisa que se tem certeza é de que envelheceremos ou morreremos, agora como será a nossa situação, provavelmente será a pior.
    Com tantas reformas nas aposentadorias de quem trabalha pelo regime da CLT, e agora as prováveis modificações para quem é funcionário público, não me espanta que em mais ou menos 20 anos, independente de quanto se desconta mensalmente para os fundos de previdência ou de quanto se recebe líquido, estaremos todos recebendo em forma de aposentadoria por tempo de serviço o equivalente a um salário mínimo.
    Isso deve ser envelhecer com dignidade, agora dignidade de que? Dignidade de ter trabalhado seriamente? Dignidade de ter contribuído para enriquecer corruptos? O que é envelhecer com dignidade?
    Está faltando tanta coisa, principalmente, vergonha na cara de cada um que eleito e só pensa no seu quinhão.
    Coloquemos nossas barbas de molho, pois este destino também nos espera. Pensemos que todos estamos no mesmo barco rumo à mesma direção, e não mudará muita coisa. Nossos filhos também, não terão condições de nos dar atenção e de nos dedicarem tanto tempo , eles precisarão trabalhar também, terão suas famílias, suas vidas, seus compromissos, logo não podemos confiar nossa velhice em suas mãos. Esta é uma responsabilidade de quem envelhece, fazer o quê? Temos que ser realistas, sem hipocrisias ou sentimentalismos. Tudo tem seu tempo então, estamos no tempo de nos prepararmos para frequentarmos um asilo melhor ou o exílio de uma vida toda.
    Onde queremos ou poderemos viver num asilo ou permanecer exilados?O que podemos fazer?