Família I

Era hora do almoço e todos papeavam sobre os acontecimentos do dia. Até que em determinado momento alguém começa a falar sobre família e em particular, sobre irmãos. Na minha humilde opinião, família na essência seria o grupo que cheios de afinidades se unem, para construir redes que visam a soma e crescimento dos seres ali constituídos. Porém, isto é mera ilusão, pois sabemos que família é um grupo heterogêneo, com diferentes características, educação etc.
Diante de tanta diversidade familiar por mim assistida, adotei então, a seguinte definição: família para mim é mesmo mãe, pai, irmão(s) e filho(a). No meu caso é minha mãe, pai (+), meu irmão e minha filha, o resto é figuração, ou seja, a parentela. Os primeiros têm o mesmo sangue que eu, os outros não.
Esposa e marido não são parentes, são figurantes ou farinha fora do saco, eventualmente, lembram de um ou outro quando alguém fica doente e não tem como cuidar ou quando tem algum "abacaxi" para ser resolvido. Assim, acham que você tem dever de cuidar uma vez, que você é parte da família do outro.
Maridos e esposas podem ser trocados a qualquer momento. Já, pai, mãe e filhos não, eles serão da mesma categoria a vida inteira e mais seis meses.
Se escolhemos ou não a família em que vamos aportar isto é outro papo, "pra mais de metro", o que importa é que quando as coisas apertam quem está lá? O pai, a mãe, irmão e filhos se tiverem.
O que ouvi foram relatos de pessoas que não podem contar com seus irmãos ou que se dão bem com os mesmo, ou que tem uma relação distante. Enfim, cada um tem uma experiência.
Que pena, que nem todos possam ter o mesmo tipo de experiência que tenho!